Refugio-me em reminiscências do teu alento, de cabelo engalfinhado e pele afogada nos meus prantos de saudade. As aves exaltam a alma e aperfeiçoam o canto. O rio corre desenfreadamente, fugaz e pujante. E tu? Onde te amparas? Por quem derramas o que anseio devorar? É por mim, que me encontro firme no chão gelado e nostálgico, que sou inteiramente do teu ser? É pela melodia da entrega? Ou pelo dourado incessante das searas que diante mim baloiçam? Há momentos, repletos de porquês ironicamente desenhados, em que sinto o prazer de ponderar se não estarás completo por mais nada mas apenas por mim. Só eu , tu e o sussurrar do vento. Eu, tu e o latejar sintónico dos nossos corações. Eu e tu. Só eu e tu.
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