sábado, 1 de maio de 2010

apocalipse

eu quero a tua alma imunda. quero arrancá-la do teu peito, abrasá-la em labaredas insanas e assistir ao consumo das nostalgias que ingeres e emanas enquanto me desfazes. contemplar-te a sofrer e a mendigar que ta devolva, a clamares que me amas, só para que não te repreenda com lamúrias, só para me tentares dominar nos derradeiros instantes da tua existência. quero arrancar silenciosamente as marcas dos dedos que espetaste nas minhas costas. mordê-las, retirando toda a sua sujidade oculta, e depois cuspi-las num ápice mundano. quero abrir buracos na pele que te restar, para que os que me provocaste com o teu toque se sintam minimizados. quero rasgar os músculos da tua língua minuciosamente, cortando-a em pedaços repletos de pecados, para que as últimas palavras que professes sejam pedidos de remissão. e, por fim, quero guardar o teu coração nas minhas mãos, ver o teu sangue a escorregar pelo meu corpo e murmurar: eu ainda te amo, sabias?

1 comentário:

  1. epá, completamente de acordo contigo.. também acho que o socrates não percebe nada desta treta e que os nirvana deviam de vir ao rock in rio.. mas que importa isso? o que importa é que tu és uma pessoa incrivel e super gira. : )

    se houvesse uma alcunha para ti, eu teria de escolher ''PO'' de 'po'tencial

    adoro-te muito. beijo

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