terça-feira, 13 de abril de 2010

sigilos inexistentes


esmoreci e penetrei no incógnito que me alicia mais do que eu tencionava. recaí na existência crua que me atemoriza e mais uma vez mostrei que as realidades que mais me dominam, não retribuem da mesma forma. o mundo afigura-se cada vez mais caricato aos meus olhos. desculpa se considerei que vivia no fio da navalha e que ia voltar a sentir-te, próximo de cada trejeito que exuberasses. se pensei que ia endoidecer inundada de bom-senso, nos teus ramos. se achei que te ias impingir, procurar-me e adivinhar-me mais ainda. que podia ser excepcional e desistisses de analisar tudo de forma diferente. que também te realizavas com as promessas mudas. mas estava errada. e o equívoco explora todos os esconderijos do meu corpo , entregue a ti, desabrochando feridas fustigadas. a razão foi-se num ápice de demência e voltou na lentidão da doença. desculpa se acreditei que todos os instantes contigo foram feitos para serem os melhores e não os mais remotos e míseros. se me convenci que eu era e tinha sido para ti um pouco do que és e foste para mim. agora pregaste-me á parede, sussurrando-me toda a verdade, nua e exposta. tudo fugiu. o silêncio prepondera e tudo o resto é fruto do acaso, tudo o resto expirou.

2 comentários:

  1. eu percebo, mas recorda-te que onde quer que caminhes e onde quer que consistas irás sempre ter o meu abraço, por muito mísero que ele seja agora.

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  2. compreendo ao máximo este texto. nada é por acaso, right? ele não é excepção disso. luta por tudo aquilo que queres, mereces o mundo.

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