quinta-feira, 29 de abril de 2010

sede

a essência ainda permanece infiltrada nos meus poros, como uma doença. como se ainda me encontrasse insana e em êxtase, a percorrer cada milímetro da tua existência. em busca do calor da tua pele, pelo toque dos teus lábios . pelo teu suor a escorrer pelos meus enigmas desvendados, abrasando a distância que nos cerca. resta-me a pulsação acelerada, repleta de mutilações causadas pela mentira que o infinito incita . dilemas que os esquemas impudicos ajudam a estabelecer, como se cravassem em mim as mais pontiagudas e irracionais seduções. como uma necessidade carnal. como nunca se apaga o latejar dos corações. como a ilusão que encontro nos meneios do teu astral. tu, que enfeitiças e devoras as réstias de sensatez e respeito próprio : liberta-me.

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